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O PAPEL DA REGULAÇÃO INTESTINAL NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE DO TECIDO TEGUMENTAR

As Editoras

O PAPEL DA REGULAÇÃO INTESTINAL NA MANUTENÇÃO DA SAÚDE DO TECIDO TEGUMENTAR


Como a regulação da microbiota intestinal pode contribuir significativamente para o tratamento de diversas condições dermatológicas.


Resumo: O equilíbrio intestinal é fundamental para a estética, influenciando diretamente a aparência e a vitalidade da pele, cabelos e unhas. Uma microbiota equilibrada favorece a absorção e o metabolismo de nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e antioxidantes, que auxiliam na renovação celular e no fortalecimento da barreira cutânea. Distúrbios intestinais, como disbiose e inflamação, estão frequentemente ligados a manifestações dermatológicas, incluindo acne, dermatite, psoríase e envelhecimento precoce. O eixo intestino-pele representa uma via biológica em que alterações gastrointestinais, como inflamação e disbiose, podem impactar a qualidade da pele por meio de mecanismos imunológicos e metabólicos. Além disso, a alteração da permeabilidade intestinal pode favorecer a liberação de toxinas e substâncias inflamatórias na circulação sanguínea, comprometendo a integridade da pele. Objetivo deste estudo: analisar a partir de uma revisão da literatura a influência da regulação intestinal na manutenção da saúde do tecido tegumentar, considerando os impactos da microbiota intestinal, da permeabilidade intestinal e dos processos inflamatórios na estética da pele. Metodologia: revisão sistemática de literatura para investigar a influência da regulação intestinal na saúde do tecido tegumentar, com foco na microbiota intestinal, permeabilidade intestinal e inflamação. Os artigos serão avaliados quanto à qualidade metodológica e organizados por tipo de estudo, população, intervenções e resultados. A análise será qualitativa, seguindo as diretrizes PRISMA, com foco em identificar padrões e evidências que conectem a regulação intestinal à saúde da pele e suas implicações terapêuticas. Conclusão: a regulação da microbiota intestinal pode contribuir significativamente para o tratamento de diversas condições dermatológicas, fortalecendo o sistema imunológico e reduzindo a inflamação sistêmica. Assim, este estudo enfatiza a relevância de estratégias integrativas, como o uso de probióticos, prebióticos e intervenções nutricionais, para promover a saúde estética da pele, oferecendo uma nova abordagem no cuidado dermatológico a partir da perspectiva intestinal. 

Palavras-Chave: Saúde da pele; Microbiota intestinal; Probióticos; Permeabilidade intestinal; Dermatologia; Eixo Intestino-Pele.



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Referências:
KALIL, Célia Luiza Petersen Vitello; CHAVES, Christine; DE VARGAS, Artur Stramari; CAMPOS, Valéria Barreto. Uso dos probióticos em dermatologia: revisão. Surgical & Cosmetic Dermatology, v. 12, n. 3, 2020. Sociedade Brasileira de Dermatologia. Disponível em: https://repositorio.pucgoias.edu.br/jspui/handle/123456789/8400. Acesso em: 26 fev. 2025.

CALATAYUD, Paola Andrea. O papel do intestino nas doenças dermatológicas: uma revisão da literatura. Mar. 2020. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/357975444_Artigo_de_Revisao_O_papel_do_intestino_nas_doencas_dermatologicas_The_role_of_gut_in_dermatological_diseases_A_literature_review. Acesso em: 26 fev. 2025.

SARRACINE, Ingrid Almeida; LIMA, Danielle Santos; COSTA, Maria Júlia Chagas. Microbiota do sistema gastrointestinal e como sua saúde influencia na qualidade da pele: uma revisão bibliográfica. RECIMA21 - Revista Científica Multidisciplinar, v. 5, n. 4, 2024. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/380172347_microbiota_do_sistema_gastrointestinal_e_como_sua_saude_influencia_na_qualidade_da_pele_uma_revisao_bibliografica. Acesso em: 26 fev. 2025.

MORAIS, Sofia Jaber Andrade; GOMES, Nair Augusta de Araújo Almeida. Relação entre microbiota intestinal e cutânea: impactos na saúde da pele e o papel da alimentação. Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Escola de Ciências Sociais e da Saúde, Goiânia

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Referência

Estudo/Objetivo

Tipo de Estudo

Métodos

Resultados Principais

Conclusões e Relevância

KALIL, Célia Luiza Petersen Vitello; CHAVES, Cristina; DE VARGAS, Artur Stramari; CAMPOS, Valéria Barreto. Uso dos probióticos em dermatologia: revisão. Dermatologia Cirúrgica e Cosmética, 2020.

Revisão sobre o uso de probióticos em dermatologia

Revisão

Revisão bibliográfica sobre o uso de probióticos em doenças dermatológicas.

Probióticos mostram eficácia em diversas condições de pele, como acne, rosácea, e eczema.

O uso de probióticos pode ser uma alternativa terapêutica promissora em dermatologia, especialmente para condições inflamatórias.

CALATAYUD, Paola Andrea. O papel do intestino nas doenças dermatológicas: uma revisão da literatura. 2020.

Revisão do impacto da microbiota intestinal em doenças dermatológicas

Revisão

Revisão bibliográfica de estudos sobre a microbiota intestinal e doenças de pele.

A microbiota intestinal está envolvida no desenvolvimento de diversas condições dermatológicas.

O estudo sugere que a saúde intestinal pode influenciar diretamente a saúde da pele, destacando a importância de uma abordagem holística no tratamento dermatológico.

SARRACINE, Ingrid Almeida; LIMA, Danielle Santos; COSTA, Maria Júlia Chagas. Microbiota do sistema gastrointestinal e como sua saúde influencia na qualidade da pele. 2024.

Revisão sobre a influência da microbiota gastrointestinal na saúde da pele

Revisão

Análise de como o equilíbrio da microbiota intestinal afeta a saúde dermatológica.

Uma microbiota saudável contribui para uma pele saudável, com impacto na prevenção de doenças dermatológicas.

A microbiota gastrointestinal é um fator crítico na saúde da pele e pode ser manipulada para melhorar as condições dermatológicas.

DE PESSEMIER, Britta; GRINE, Lynda; CALLEWAERT, Chris; et al. Eixo intestino-pele: conhecimento atual da inter-relação entre disbiose microbiana e condições de pele. 2021.

Revisão sobre a interação entre disbiose intestinal e doenças de pele

Revisão

Revisão dos mecanismos da relação entre disbiose intestinal e condições dermatológicas.

A disbiose intestinal está ligada ao agravamento de doenças de pele como acne, psoríase e eczema.

A pesquisa enfatiza a importância de uma microbiota equilibrada para prevenir e tratar doenças dermatológicas.

CHULUCK, Jonas Bruno Giménez; MARTINUSSI, Gabriela Ortiz Galetti; DE FREITAS, Diego Macêdo; e outros. A influência da microbiota intestinal na saúde humana: uma revisão de literatura. 2023.

Revisão sobre a influência da microbiota intestinal na saúde humana e sua relação com a pele

Revisão

Revisão bibliográfica sobre o papel da microbiota intestinal nas doenças dermatológicas.

A microbiota intestinal desempenha um papel fundamental na regulação da saúde da pele e na prevenção de doenças.

O estudo reforça a necessidade de uma abordagem integrativa que leve em consideração a microbiota intestinal na manutenção da saúde da pele.

MARTINS, Thailaine Scotti; ANDRADE, Mariana Moreira. Eixo intestino-pele: a influência da microbiota intestinal no envelhecimento cutâneo. Jornal BWS, 2023.

Revisão sobre o impacto da microbiota intestinal no envelhecimento cutâneo

Revisão

Revisão da literatura sobre a relação entre a microbiota intestinal e o envelhecimento da pele.

A microbiota intestinal afeta a função de barreira da pele, podendo influenciar no envelhecimento cutâneo.

A manutenção da saúde intestinal pode ter um papel crucial no retardo do envelhecimento cutâneo e na saúde geral da pele.

SAAD, Susana Marta Isay. Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 2006.

Revisão sobre os efeitos de probióticos e prebióticos na saúde humana

Revisão

Análise dos efeitos terapêuticos dos probióticos e prebióticos.

Probióticos e prebióticos têm efeitos positivos na saúde digestiva e na modulação da imunidade.

Probióticos e prebióticos podem ser usados ​​como terapia complementar para diversas condições de saúde, inclusive as dermatológicas.

KOROTKY, NG; PESLYAK, MY Psoríase como consequência da incorporação de beta-estreptococos na microbiocenose de intestinos altamente permeáveis. [sd].

Investigação sobre a relação entre psoríase e beta-estreptococos na microbiota intestinal.

Estudo Experimental

Estudo experimental sobre o impacto dos beta-estreptococos na psoríase.

A presença de beta-estreptococos na microbiota intestinal está associada ao desenvolvimento da psoríase.

Uma pesquisa sugere que a psoríase pode estar relacionada a um desequilíbrio microbiológico intestinal, oferecendo novas perspectivas para o tratamento.

PAPPAS, Apostolos. A relação entre dieta e acne: Uma revisão. Dermato-Endocrinologia, 2009.

Revisão sobre a relação entre dieta e acne

Revisão

Revisão dos efeitos da dieta na acne e na microbiota propriamente dita.

Dieta rica em carboidratos e lácteos pode agravar a acne.

A conclusão conclui que os fatores dietéticos podem influenciar diretamente a manifestação da acne, sugerindo alterações alimentares como um tratamento possível.

BORREGO-RUIZ, Alejandro; BORREGO, Juan J. Estratégias nutricionais e microbianas para tratar acne, alopecia e dermatite atópica. Nutrientes, 2024.

Estratégias nutricionais e microbianas para o tratamento de acne, alopecia e dermatite atópica

Revisão

Análise de tratamentos nutricionais e probióticos em doenças de pele.

Probióticos e prebióticos podem ser eficazes no tratamento de acne, alopecia e dermatite atópica.

O estudo destaca as abordagens nutricionais e microbianas como complementos eficazes para o tratamento de diversas condições dermatológicas.

SALEM, Iman; RAMSER, Amy; ISHAM, Nancy; GHANNOUM, Mahmoud A. O microbioma intestinal como um regulador importante do eixo intestino-pele. Frontiers in Microbiology, 2018.

Revisão sobre o papel do microbioma intestinal na regulação do eixo intestino-pele

Revisão

Análise de como o microbioma intestinal regula a saúde da pele.

O microbioma intestinal regula a função da pele e a resposta imunológica.

O estudo enfatiza a importância da modulação do microbioma intestinal para melhorar a saúde da pele e prevenir doenças dermatológicas.





ÔMEGA 3 E A SAÚDE COGNITIVA: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E IMPLICAÇÕES PARA A LONGEVIDADE

As Editoras

ÔMEGA 3 E A SAÚDE COGNITIVA: EVIDÊNCIAS CIENTÍFICAS E IMPLICAÇÕES PARA A LONGEVIDADE

 

Ômega 3: Como Esse Nutriente Pode Proteger Seu Cérebro


Autor: CAMARGO, E.


Resumo: O envelhecimento está frequentemente associado a um declínio cognitivo, tornando essencial a busca por estratégias nutricionais que favoreçam a saúde do cérebro. O estudo de Külzow et al. (2014), publicado no periódico Frontiers in Aging Neuroscience, prevê uma transparência significativa entre o consumo regular de ácidos graxos Ômega 3 e a melhoria das funções cognitivas em idosos. Além disso, pesquisas indicam que o Ômega 3 pode desempenhar um papel protetor contra doenças neurológicas e atuar como um agente anti-inflamatório no cérebro. Este artigo revisa as evidências científicas sobre os benefícios do Ômega 3 para a cognição e discute sua aplicabilidade na promoção da longevidade saudável.


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Estudos recentes apontam que a nutrição desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde cerebral

O envelhecimento da população mundial está associado a um aumento na prevalência de declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas. Estudos recentes apontam que a nutrição desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde cerebral, sendo o Ômega 3 um dos principais nutrientes envolvidos nesse processo (Külzow et al., 2014). Os ácidos graxos Ômega 3, especialmente o ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenoico (DHA), estão diretamente relacionados à plasticidade cerebral, à comunicação neuronal e à prevenção de inflamações associadas a doenças neurodegenerativas.

Diante dessas evidências, compreender o impacto do Ômega 3 na cognição e no envelhecimento saudável se torna essencial para orientar estratégias preventivas e terapêuticas.

Benefícios Cognitivos do Ômega 3

Aprimoramento da Função Cognitiva

Uma pesquisa conduzida por Külzow et al. (2014) revelou que indivíduos idosos que consomem regularmente Ômega 3 apresentaram melhorias significativas na memória e na velocidade de processamento cognitivo. Acredita-se que esses benefícios estão relacionados à capacidade do DHA de fortalecer a estrutura das membranas neuronais e aumentar a neuroplasticidade, favorecendo o aprendizado e a adaptação cerebral (Külzow et al., 2014).


Proteção Contra Doenças Neurológicas

Além do impacto direto na função cognitiva, o Ômega 3 foi testado por seu papel neuroprotetor. Evidências apontam que a ingestão regular desses ácidos graxos pode reduzir a formação de placas amiloides no cérebro, um dos principais biomarcadores da doença de Alzheimer (Calon et al., 2004). Ainda que estudos em humanos sejam necessários para confirmar essa relação, os resultados sugerem que a suplementação de Ômega 3 pode ser uma estratégia promissora na prevenção de doenças neurodegenerativas.


Ação Anti-inflamatória e Neuroproteção

A inflamação crônica do cérebro é um fator de risco para diversas doenças neurológicas, incluindo a esclerose múltipla e o Alzheimer. Estudos indicam que o Ômega 3 possui propriedades anti-inflamatórias, facilitando a liberação de citocinas inflamatórias e contribuindo para um ambiente cerebral mais saudável (Calon et al., 2004). Essa ação pode ser fundamental para a proteção das funções cognitivas ao longo do envelhecimento.


Fontes de Ômega 3 e Recomendações Nutricionais

Para obter os benefícios do Ômega 3, é fundamental garantir uma ingestão adequada desses ácidos graxos na dieta. As principais fontes alimentares incluem:

  • Peixes gordurosos: Salmão, atum, sardinha e cavala.
  • Sementes e oleaginosas: Linhaça, chia e nozes.
  • Óleos vegetais: Óleo de linhaça e azeite de oliva

Caso a ingestão alimentar seja insuficiente, a suplementação de Ômega 3 pode ser recomendada, sempre sob orientação profissional.

O estudo de Külzow et al. (2014) reforçam a importância do Ômega 3 na manutenção da função cognitiva e na proteção contra doenças neurológicas. Seus efeitos na neuroplasticidade, na redução da inflamação e na prevenção de placas amiloides indicam que esse nutriente possui um papel fundamental no envelhecimento saudável.

Desta forma, a adoção de hábitos alimentares ricos em Ômega 3 pode ser uma estratégia eficaz para preservar a cognição e promover a longevidade. Estudos adicionais são necessários para aprofundar a compreensão sobre a dosagem ideal e seus efeitos a longo prazo na saúde do cérebro.


Referências

CALON, F.; ABAZI, S. et al. A depleção de ácidos graxos poliinsaturados n-3 da dieta ativa caspases e diminui subunidades do receptor NMDA no cérebro de modelo de camundongo com doença de Alzheimer envelhecido. Neurobiology of Disease , v. 15, n. 1, p. 246-260, 2004.


KÜLZOW, N.; MEUSEL, M.; VELTEN, S. et al. Impacto da suplementação de ácidos graxos ômega-3 nas funções de memória em adultos idosos saudáveis. Frontiers in Aging Neuroscience , v. 6, p. 1-9, 2014.


CINCO SINAIS DE PROBLEMAS NA FALA. QUANDO VOCÊ DEVE PROCURAR POR AJUDA?

As Editoras

CINCO SINAIS DE PROBLEMAS NA FALA. QUANDO VOCÊ DEVE PROCURAR POR AJUDA?

 

Cinco sinais que podem indicar problemas na fala em crianças e adultos

Autor: CAMARGO, E.

A comunicação é uma habilidade essencial para a interação social e o desenvolvimento humano. No entanto, algumas pessoas enfrentam dificuldades na fala que podem impactar significativamente sua qualidade de vida. Distúrbios da comunicação, como gagueira persistente, disartria, apraxia da fala, afasia e desafios relacionados ao transtorno do espectro autista (TEA), requerem atenção especializada para garantir um desenvolvimento adequado da linguagem e da interação social. Este artigo tem como objetivo revisar os principais sinais de alerta para dificuldades na fala e destacar quando você deve procurar ajuda profissional.

Gagueira Persistente

A gagueira é um distúrbio caracterizado por interrupções involuntárias no fluxo da fala, como repetições de sons, prolongamentos e bloqueios. Embora seja comum na infância e possa desaparecer espontaneamente, em alguns casos a gagueira persiste e pode comprometer a comunicação e a autoestima do indivíduo (Ambrose & Yairi, 2013). Estudos indicam que a gagueira persistente pode limitar a expressão verbal, afetando a autonomia e a participação social. Intervenções terapêuticas, como a terapia comportamental, têm demonstrado eficácia na melhoria da fluência e na redução do impacto emocional associado ao transtorno (Ambrose & Yairi, 2013).

Disartria

A disartria é um distúrbio neuromuscular que afeta a produção da fala, tornando-a imprecisa e difícil de compreender. Essa condição pode ser causada por doenças neurológicas, como acidente vascular cerebral (AVC), esclerose múltipla ou doença de Parkinson (Duffy, 2013). Os sintomas variam de acordo com a gravidade da disfunção neuromuscular e podem incluir fala arrastada, monotonia e dificuldades na articulação de palavras. O tratamento da disartria geralmente envolve terapia fonoaudiológica focada na melhora da coordenação muscular e na articulação da fala, proporcionando maior clareza na comunicação (Duffy, 2013).

Apraxia da Fala

A apraxia da fala é um transtorno motor que afeta a capacidade do indivíduo de planejar e executar os movimentos necessários para a fala articulada. Embora a musculatura envolvida na fala esteja preservada, a dificuldade está na organização dos comandos motores necessários para a produção das palavras (Murray, 2014). Essa condição pode resultar em uma fala distorcida e de difícil compreensão. O tratamento fonoaudiológico consiste na repetição de padrões sonoros e na realização de exercícios motores para reabilitação da fala, sendo fundamental para a evolução dos pacientes com apraxia (Murray, 2014).

Afasia

A afasia é um transtorno da linguagem frequentemente associado a lesões cerebrais, como AVC ou traumatismo cranioencefálico. Essa condição compromete tanto a compreensão quanto a produção da linguagem, podendo resultar em dificuldades para encontrar palavras, formar frases coerentes e compreender o discurso alheio (Kertesz, 2006). Dependendo da extensão da lesão, a afasia pode ser classificada em diferentes tipos, como afasia de Broca, Wernicke ou global. A terapia de linguagem, com enfoque em estratégias de comunicação alternativas e suporte na reintegração social, é essencial para promover a recuperação funcional e melhorar a qualidade de vida dos pacientes (Kertesz, 2006).

Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Alterações na Comunicação

Indivíduos com TEA frequentemente apresentam dificuldades na comunicação verbal e não verbal. Os desafios podem incluir atraso no desenvolvimento da fala, uso atípico da linguagem e dificuldades na interação social (Paul et al., 2014). Estratégias terapêuticas voltadas para a comunicação, como a terapia ABA (Análise do Comportamento Aplicada), têm mostrado resultados positivos na promoção da comunicação funcional e na melhoria da interação social desses indivíduos (Paul et al., 2014). A intervenção precoce é essencial para otimizar o desenvolvimento da linguagem e favorecer uma melhor qualidade de vida.

Quando Procurar Ajuda Profissional?

Cada indivíduo apresenta um desenvolvimento linguístico único, porém alguns sinais indicam a necessidade de uma avaliação especializada:

  1. Dificuldade persistente na fluência da fala (gagueira prolongada);
  2. Fala arrastada, monótona ou imprecisa, sugerindo disartria;
  3. Dificuldade em planejar ou articular palavras corretamente, como na apraxia da fala;
  4. Problemas na compreensão e produção da linguagem, características da afasia;
  5. Atraso no desenvolvimento da fala e dificuldades na interação social, comuns no TEA.

A avaliação por um fonoaudiólogo ou médico especialista é essencial para um diagnóstico preciso e para a definição de um plano de tratamento individualizado. O acompanhamento profissional adequado pode fazer uma diferença significativa na vida daqueles que enfrentam desafios na fala, promovendo a inclusão social e a comunicação eficaz.

Os distúrbios da fala podem impactar diversos aspectos da vida de um indivíduo, desde a socialização até o desempenho acadêmico e profissional. A identificação precoce dos sinais de alerta e a busca por intervenção especializada são fundamentais para minimizar os impactos negativos dessas condições. Terapias específicas, adaptadas às necessidades de cada paciente, podem contribuir para a melhoria da comunicação e para uma maior qualidade de vida.


Referências

Ambrose, N. G., & Yairi, E. (2013). The persistence of stuttering in young children: What we know and what we don’t know. American Journal of Speech-Language Pathology, 22(3), 424-435.

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Kertesz, A. (2006). Western Aphasia Battery-Revised (WAB-R). Pearson.

Murray, E. (2014). The therapy of childhood apraxia of speech: A systematic review. Clinical Linguistics & Phonetics, 28(3), 231-254.

Paul, R., Norbury, C. F., & Gosse, C. (2014). Language Disorders from Infancy through Adolescence: Listening, Speaking, Reading, Writing, and Communicating. Mosby.


MUSICOTERAPIA: OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA CLÁSSICA PARA O CÉREBRO DE PESSOAS COM TEA

As Editoras

MUSICOTERAPIA: OS BENEFÍCIOS DA MÚSICA CLÁSSICA PARA O CÉREBRO DE PESSOAS COM TEA


Título: Musicoterapia: Os Benefícios da Música Clássica para o Cérebro de Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) – Uma Revisão Sistemática


Autor: CAMARGO, E. D.

Pesquisa: https://orcid.org/0009-0004-7587-2521

Resumo:

Esta presente revisão sistemática tem como objetivo investigar os efeitos da música clássica aplicados por meio da musicoterapia sobre o funcionamento cerebral de indivíduos com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A metodologia segue as diretrizes do protocolo PRISMA, com busca sistemática nas bases de dados Google Scholar, PubMed, SciELO, LILACS, Redalyc, BDTD e repositórios institucionais. Utilizaram-se os descritores: “musicoterapia”, “música clássica”, “TEA”, “cérebro” e “transtorno do espectro autista”, considerando estudos publicados entre 2008 e 2025. Foram incluídos ensaios clínicos selecionados, estudos observacionais, estudos de caso e revisões de literatura com foco nos benefícios da estimulação musical em indivíduos com TEA. A amostra final possui 25 estudos selecionados por critérios de elegibilidade previamente definidos. Os resultados indicam que a musicoterapia, especialmente com repertório clássico, promove benefícios nas funções cognitivas, emocionais e comportamentais, além de ativar áreas específicas como córtex pré-frontal, hipocampo, cerebelo e regiões límbicas. Evidenciou-se ainda melhora na regulação emocional, sincronia rítmica, comunicação não verbal e neuroplasticidade. Conclui-se que a música clássica, integrada à prática terapêutica musicoterapica, constitui uma abordagem complementar promissora no tratamento multidisciplinar de pessoas com TEA.


Palavras-chave: musicoterapia; música clássica; TEA; cérebro; neurociência.



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REFERÊNCIAS:

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ROSÁRIO, VM Proposição de uma metodologia para avaliação padronizada da atenção . 2019. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/32087/4/Proposi%C3%A7%C3%A3o%20de%20uma%20metodologia%20para%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20padronizada%20da%20aten%C3%A7%C3%A3o.pdf . 

SAMPAIO, RT Avaliação da sincronia rítmica em crianças com Transtorno do Espectro do Autismo em atendimento musicoterapêutico . 2015. Tese (Doutorado em Música) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUBD-A4CGR6/1/tese_renatosampaio_final.pdf . 

SAMPAIO, RT; GOMES, CMA; LOUREIRO, CMV Música, musicoterapia e autismo: uma revisão de literatura à luz das neurociências . Anais do Congresso da ANPPOM, 2014. Disponível em: https://anppom.org.br/anais/anaiscongresso_anppom_2014/2670/public/2670-9840-1-PB.pdf . 

SAMPAIO, RT; LOUREIRO, CMV; GOMES, CMA A musicoterapia e o Transtorno do Espectro do Autismo: uma abordagem informada pelas neurociências para a prática clínica . Per Musi, v. 1–17, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pm/a/zhKMfm3Q5VJ5dGfQYtD9gBC/?lang=pt .

SANTANA, JPM; ARAÚJO, LSM Potência do ritmo alfa em pacientes com Transtorno do Espectro Autista e indivíduos controle durante realização de tarefas cognitivas . Revista Eletrônica Acervo Mais, v. 2, 2021. Disponível em: https://acervomais.com.br/index.php/saude/article/download/6909/4280 . 

SANTOS, CJM A educação musical terapêutica aliada à musicoterapia: contribuições para o desenvolvimento de crianças com Transtorno do Espectro Autista TEA . 2025. Monografia (Licenciatura em Música) – Universidade Estadual do Maranhão. Disponível em: https://repositorio.uema.br/jspui/bitstream/123456789/4327/1/MONOGRAFIA%20-%20CLEITON%20JADSON%20ME NEZES%20DOS%20SANTOS%20%20-%20CURSO%20DE%20LICENCIATURA%20EM%20M%C3%9ASICA%20CECEN%20UEMA%202025.pdf .

VILARES, ASN Musicoterapia com usuários com perturbação do espectro do autismo e paralisia cerebral . 2022. Dissertação (Mestrado em Musicoterapia) – Universidade Lusíada. Disponível em: http://repositorio.ulusiada.pt/bitstream/11067/6773/1/mmt_ana_vilares_dissertacao.pdf . 


BAIXE AS REFERÊNCIAS EM DOCX.


NAutor(es)TítuloAnoTipo de EstudoFoco PrincipalLink de Acesso
1Sampaio & GomesMúsica, Musicoterapia e Autismo2014Revisão de LiteraturaNeurociência e TEAPDF
2Reis & SilvaMusicoterapia e Aprendizagem em TEA2021Estudo ObservacionalCognição, Emoção e SocializaçãoPDF
3Sampaio, RTSincronia Rítmica em TEA2015Estudo ExperimentalCoordenação e RitmoPDF
4Freire, MHImprovisação e Desenvolvimento Musical2019Estudo ClínicoMusicoterapia MusicocentradaPDF
5Rosário, VMAvaliação da Atenção em TEA2019Estudo MetodológicoAvaliação NeuropsicológicaPDF
6Santana & AraújoRitmo Alfa e Música Clássica2021Estudo ExperimentalEEG e Estímulo MusicalPDF
7Sampaio et al.Neurociência e Musicoterapia no TEA2015Revisão NeurocientíficaOxitocina, Vasopressina, MúsicaTexto
8Padilha, MCPMusicoterapia no Tratamento do TEA2008Estudo ClínicoIntervenção TerapêuticaPDF
9Santos, CJMEducação Musical Terapêutica2025Estudo Teórico-PráticoEstímulo Musical e DesenvolvimentoPDF
10Vilares, ASNMusicoterapia em TEA e Paralisia Cerebral2022Estudo de CasoMusicoterapia InterdisciplinarPDF




ENXAQUECA E ATROFIA CEREBRAL: O PERIGO AVISA

As Editoras

ENXAQUECA E ATROFIA CEREBRAL: O PERIGO AVISA


Quando a Enxaqueca Vai Além da Dor: O Que a Ciência Revela sobre a Atrofia Cerebral

Autor: CAMARGO, E.

Pacientes com enxaqueca apresentam alterações de conectividade em diferentes regiões do cérebro, bem como atrofia cortical, microinfartos e disfunção mitocondrial. 

Pesquisa: Ashina, S., Bentivegna, E., Martelletti, P. et al. Alterações Estruturais e Funcionais do Cérebro na Enxaqueca. Pain Ther 10, 211–223 (2021). https://doi.org/10.1007/s40122-021-00240-5


Enxaqueca e suas Complexas Implicações no Cérebro: Conectividade, Atrofia e Disfunção

A enxaqueca é um distúrbio neurológico que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, causando dores de cabeça intensas e, em alguns casos, outros sintomas debilitantes. Além dos sintomas perceptíveis, pesquisas recentes têm revelado um intrigante quadro de alterações cerebrais associadas a pacientes que sofrem de enxaqueca.

Estudos neurocientíficos têm apontado para modificações na conectividade cerebral de pacientes com enxaqueca. Essas alterações envolvem uma complexa rede de regiões cerebrais, sugerindo uma interrupção na comunicação eficiente entre diferentes áreas. Essa desconexão pode contribuir para os sintomas característicos da enxaqueca, como dores intensas, sensibilidade à luz e ao som.

Além das questões de conectividade, pesquisas também destacaram a presença de atrofia cortical em pacientes com enxaqueca. A atrofia, ou perda de volume cerebral, pode estar relacionada a longos períodos de dor e também pode influenciar outros aspectos cognitivos. Essa descoberta lança luz sobre a natureza complexa dessa condição e destaca a importância de explorar seu impacto além dos sintomas imediatos.

Microinfartos, embora em menor escala, também foram observados em alguns estudos que analisaram o cérebro de pacientes com enxaqueca. Esses pequenos danos vasculares podem contribuir para os sintomas e, possivelmente, desempenhar um papel no desenvolvimento da enxaqueca.

Uma dimensão adicional das alterações cerebrais associadas à enxaqueca é a disfunção mitocondrial. As mitocôndrias são as "usinas de energia" das células, e qualquer problema em seu funcionamento pode ter efeitos significativos em diversos processos biológicos. A disfunção mitocondrial pode contribuir para a sensibilidade à dor e outros sintomas da enxaqueca.

Em resumo, a enxaqueca não é apenas uma dor de cabeça intensa, mas um distúrbio neurológico complexo que afeta múltiplas regiões do cérebro. As descobertas sobre alterações na conectividade cerebral, atrofia cortical, microinfartos e disfunção mitocondrial estão lançando luz sobre a fisiopatologia dessa condição. Compreender essas nuances é fundamental para desenvolver abordagens mais eficazes no tratamento e manejo da enxaqueca, proporcionando alívio e melhor qualidade de vida para os pacientes.